Cada vez mais nossa economia possibilita que um grande número de empreendedores se lance, de forma arrojada, a estabelecer uma empresa e realizar o sonho de uma vida.
São profissionais oriundos de diversos mercados que, em sua maioria, procuram gerir seu próprio comércio, indústria ou prestação de um serviço. Utilizam recursos próprios ou de outras fontes até mesmo caras, sem a certeza de que alcançarão resultados favoráveis ao longo do tempo, recuperando assim o capital investido.
Da mesma forma, estatísticas oficiais confirmam que um número relevante dessas empresas não sobrevive mais do que cinco anos.
O que leva muitos empreendedores a vivenciarem um insucesso empresarial?
Com certeza, um dos aspectos marcantes é a dificuldade dos empreendedores em adotar e utilizar uma ferramenta denominada FLUXO DE CAIXA.
A gestão da empresa se concentra muito mais na operação comercial e técnica enquanto a financeira se coloca refém da falta de conhecimento maior sobre os efeitos financeiros do mercado em que atuam.
Para resguardar o interesse maior do empreendedor torna-se necessário que ele entenda perfeitamente o conceito de FLUXO DE CAIXA e saiba montá-lo satisfatoriamente, assegurando um desempenho econômico-financeiro atrativo.
A ferramenta existe para acompanhar e, principalmente, controlar recebimentos e pagamentos de uma empresa. Basicamente está dividido em três grupos de registros normalmente conhecidos como:
a) DISPONIBILIDADES
Total de recursos financeiros em poder da empresa expressos por saldos em contas bancárias, aplicações financeiras, investimentos de terceiros e demais valores de liquidez imediata.
b) RECEBIMENTOS
Registros das entradas de recursos provenientes de vendas comerciais, prestação de serviços, receitas com aplicações financeiras, recuperação de dívidas, venda de ativos da empresa, juros cobrados à título de atualização monetária e qualquer outro montante que guarde relacionamento com a atividade operacional da empresa.
c) PAGAMENTOS
Registros de saídas de recursos provenientes do pagamento de despesas com aquisição de mercadorias e insumos, com pessoal e seus respectivos encargos sociais, de marketing, administrativas, financeiras com o pagamento de juros e empréstimos e ao final até mesmo com a antecipação de lucros aos sócios.
Numa equação bem simples, se somarmos disponibilidades e recebimentos e desta soma deduzirmos os pagamentos, teremos o resultado financeiro alcançado em determinado período de tempo.
Aqui surge um outro conceito relevante que trata de definir o “período de tempo”, ou seja, com que frequência devo gerir meu fluxo de caixa? Eu afirmo que “diariamente”!
O conceito de tempo inclui projetarmos o maior número possível de eventos, tanto de recebimento ou pagamento, para termos previsibilidade no que se refere a liquidez financeira da empresa.
A previsibilidade é o cenário adequado para que o empresário possa observar o comportamento financeiro de sua empresa e detectar possíveis dificuldades ao longo do tempo. A previsibilidade possibilita a adoção de medidas corretivas ou negociais que asseguram a continuidade operacional da empresa.
Existem outros relatórios financeiros igualmente importantes que comentaremos nas próximas edições. Eles formam um conjunto de ferramentas que o empreendedor deve adotar para assegurar uma performance econômico-financeira satisfatória com geração de recursos capaz de remunerar o capital investido.
Este assunto é vasto e pode ser amplamente detalhado de acordo com a necessidade do empreendedor. Caso tenha interesse em aprimorar seu conhecimento sobre o conceito de fluxo de caixa, inclusive com modelo para simulação, entre em contato conosco.
